Eu sou licenciado em MTC pela Universidade de Nanjing. Pratico Medicina Chinesa, no dia a dia. Ensino Medicina chinesa e adoro escrever sobre Medicina Chinesa. São estas minhas características e gostos que tornam possível ao leitor ler os textos deste blog.
Imensos amigos e outros tantos leitores constantemente questionam o meu gosto pela MTC, ou, quanto muito a minha crença na mesma. Isto porque sistematicamente ataco pensamentos ou afirmações públicas consideradas como verdades absolutas nestes meios.
Outros atacam-me por ser um frustrado que desejaria ser médico porque, não raras vezes, defendo novas abordagens da MTC, questiono muitos dos conhecimentos tal como estabelecidos na MTC e porque defendo o conhecimento científico, porque gosto do método científico e porque apresento um cepticismo que, no entender de muitos, é pouco saudável… ou pelo menos pouco holista.
As questões de discursos holistas
Ficam várias questões: serei uma pessoa honesta que acredita na MTC mas não sabe do que fala? Ou serei um trapaceiro que não acredita na MTC e que vive disso há mesma? Será que sou um frustrado que deseja ser médico e nunca conseguiu?
A minha perspetiva é simples: não quero ser médico, só quero que os médicos me deixem em paz. Quero a regulamentação, não quero pagar IVA (quem quer?) e quero poder exercer livremente e estar inserido numa classe profissional séria e com uma formação académica condigna. Considero-me uma pessoa honesta e sim, acredito na MTC. Mas o problema não está naquilo que acredito mas sim naquilo que sei.
Eu não preciso que a MTC seja perfeita. Não preciso que ela trate tudo. E quem disse que para fazer Medicina Chinesa era preciso seguir cegamente chavões estúpidos que só demonstram ignorância como “regular as energias de um paciente para depois o tratar” A falta de Deus, o ódio à própria cultura e a ignorância científica fazem com que muitas pessoas procurem em conceitos chineses como o Qi um qualquer sentido para a vida. Mutilamos os termos chineses para podermos ter uma “medicina energética” que nos permita o crescimento espiritual. E é proibido questionar estas verdades religiosas porque todos nós queremos acreditar que o Qi é essa energia que a ciência ocidental não consegue explicar, que a tecnologia ocidental não consegue medir. É esse algo espiritual que existe em nós e que só nós conseguimos sentir. E, em nenhum momento deve ser conspurcado com algo artificial. Com algo químico. Eu não procuro nenhuma religião nova. Não considero a minha vida desprovida de sentido a ponto de necessitar mutilar os termos de Medicina Chinesa. E desde quando tem de ser a religião ou uma qualquer forma de pensamento esotérico a dar sentido à vida? Desde quando? Muitos acupuntores ocidentais comportam-se como cristãos sem Deus. Os gregos pagãos não procuravam o sentido da vida na religião. A religião servia para rezar aos deuses a pedir bons tempos, boas colheitas, saúde, etc… O sentido da vida era procurado na filosofia. Platão, Aristóteles, Plutarco eram as pessoas que ofereciam uma obra capaz de dar sentido à vida. O sentido da vida era encontrado no conhecimento da filosofia. Só com o advento do Cristianismo e a destruição da cultura pagâ é que a religião se tornou responsável por dar sentido à vida.[ii] O cristianismo começou como seitas de escravos ignorantes que ridicularizavam o conhecimento e só aceitavam a sua fé. Com a vitória do Cristianismo foram destruídas bibliotecas, assassinados intelectuais, queimados livros e o sentido da vida deixou de ser procurado no conhecimento e passou a ser transmitido pela religião. Atualmente precisamos da religião para nos dar sentido para a vida mas não aceitamos a religião da nossa própria cultura. Muitos adeptos das medicinas alternativas não são mais que católicos sem Deus e incapazes de se adaptarem a uma sociedade evoluída tecnologicamente. A Medicina Chinesa não é uma religião. E se existem pessoas que querem ir para a MTC obter desenvolvimento espiritual então essas pessoas deviam focar o seu desenvolvimento espiritual em coisas mais terrenas como a compreensão da MTC e a dedicação ao paciente, na procura da verdade e nunca na mutilação de termos técnicos para poderem fazer a transferência cultural do seu Deus pessoal. Não considero a cultura ocidental má. E muito menos as conquistas científico-tecnológicas da mesma que nos possibilitaram um conhecimento do mundo e de nós mesmos sem precedentes. Sou licenciado em Medicina Nuclear e adoro as conquistas cientificas. Adoro a forma de pensar do método científico. E desde quando é que gostar do método científico e querer ser médico são a mesma coisa? O discurso holístico-esotérico não é mais que verborreia energética sem qualquer sentido. E afirmar isto não significa não gostar da MTC ou querer ser médico. Significa, somente, compreender o que realmente significam os conceitos chineses. Significa saber aplicar esses conceitos. E acima de tudo refere a capacidade de distinguir o discurso da MTC de um discurso supérfluo sobre energias e “ver um ser humano como um todo”. As pessoas falam dos meridianos como campos bio-energéticos, mas quantas delas têm noção dos factores históricos que culminaram na construção da teoria dos meridianos? As pessoas falam de síndromes energéticos mas quantas delas tem a noção que falam tão somente de formas de catalogar sintomas, sinais clínicos e as diferentes relações estabelecidas entre eles? E quantas são capazes de fazer uma descrição pormenorizada dos sintomas que compõem esses “síndromes energéticos”? As pessoas dizem que o Qi é energia mas quantas delas conhecem o ideograma Qi? E quantas delas sabem o que significa aquele ideograma? As pessoas referem que a MTC é uma medicina energética mas quantas delas conhecem a cultura chinesa para fazer essa afirmação? As pessoas referem chavões meio intelectuais, meio snobs e totalmente ignorantes como a Medicina Ocidental é sintomática e a MTC é energética. Mas quantas pessoas dessas sabem descrever um diagnóstico completo em MTC? Quantas sabem descrever os procedimentos base de construção de um protocolo de acupuntura? E quantas sabem alguma coisa de ciência para se aperceberem que a frase em questão é um disparate completo? Outras focam-se em acusar os medicamentos ocidentais de serem químicos e logo muito nefastos para a saúde por não serem naturais. Defendem os produtos naturais por serem livres de químicos. Qualquer aluno do secundário sabe que seja natural ou artificial tem químicos. Caso contrário seria água pura… o santo graal dos homeopatas. Como um comediante disse uma alcateia de lobos é natural. Desabafo feito. Bom inÍcio de semana NOTAS FINAIS [i]Se as “energias” já estão reguladas, então o paciente já está bom. Qual a razão de se fazer tratamento a seguir? [ii] Inserir nota de textoAs bases dos discursos holistas
O sentido da vida nos discursos holistas
A medicina chinesa como via de desenvolvimento espiritual nos discursos holistas
Excelente! Não há melhores palavras para descrever este post. Continua!
Obrigado.
Digamos que fiquei desabafado. hehehe
Logo se vê que este site é sério!!
Daqui do Brasil assino embaixo!
……já agora sabes a historia verdadeira dos meridianos ? como é que os chineses chegaram lá ? como ? atraves de que experiencias ? acho que essa questão ninguém sabe responder , porque as questões que levantas são demasiadamente básicas e qualquer acupunctor sabe responder …………………
Boas Paul. Antes de tudo um pequeno apontamento: se as questões que levanto são demasiado básicas e qualquer acupunctor lhes sabe responder então porque é que antes disso dizes que “ninguêm sabe responder”? Reparaste que sequanciaste a frase toda certo?
Relativamente à história dos meridianos que ninguêm sabe responder: na realidade existem dados arqueológicos e provas históricas que mostram diferenças ao longo das épocas e que dão ideias de como os chineses chegaram aos meridianos tal como são hoje.
Se quiseres mais informações sobre isto aconselho-tre o seguinte texto:
http://acuforma.com/como-surgiram-os-meridianos/
Sobre as questões levantadas que são demasiado básicas e qualqiuer acupunctor sabe responder presumo que se esteja a referir às questões sobre acupunctura e diagnóstico. São básicas, concordo consigo. Infelizmente há muitos acupunctores que não fazem ideia do que são. Dou-lhe um exemplo bem real:
abraço
Nuno,
então que se passa? Foste assistir à aula de Holistica do 5º ano? 😉
E já agora, aproveito para te colocar uma questão: vi no site da ESMTC que vais dar uma formação em Acupunctura a fisioterapeutas. Esta informação está correcta? E se sim, em que moldes? Que competências lhe dará a formação ( que pelo que percebi é pequena)?
Ensinar acupunctura aos “fins-de-semana” não é daquelas coisas a combater?
Catarina
Uma palavra: BRAVO
Boas Catarina
Ainda não fui assistir a aulas de holistica. Mas tenho ouvido falar extremamente bem. lololol
Sim, em princípio vou dar formação a fisioterapeutas.
A formaçãos erá pequena dada aos fins de semana e não dará nenhumas competências ao fisioterapeuta. Pelo menos não ao nível de dizer que é acupunctor. Os fisioterapeutas vão ter uma formação muito pequena e vocacionada para áreas especificas adaptada às suas necessidades.
Com isto of fisioterapeuta não fica com diploma de acupunctor. Ele fica, unicamente, com uma formação profissional em acupunctura que poderá valorizar o seu curriculu. Qualquer problema associado a competências próprias da profissão deverá ser feito pelas associações profissionais do sector e não por nós.
“Ensinar acupunctura aos “fins-de-semana” não é daquelas coisas a combater?”
Se estiveres a falar de uma licenciatura absolutamente. Sempre foi o que defendi e continuo a defende-lo. Isto não é uma licenciatura. Falamos unicamente de uma formação profissional.
Se tievers mais alguma dúvida não exites em perguntar.
Mestre Fontes e Carla
Muchas gracias… lololol
abraço a todos
Finalmente!!! Que grande post!!! És o meu orgulho!!! lolololol
Só há uma coisa com a qual não concordo a 100%. Tens toda a razão quando dizes que a MTC não é uma religião, se bem que tenho que confessar, se me obrigassem a eleger um deus, acho que escolhia o Qi lolololol Blasfémia!!!
No entanto, acho que a MTC fala do sentido da vida, acho que a MTC é uma filosofia, no sentido de “Amor pelo saber, e, particularmente, pela investigação das causas e dos efeitos.” – in dicionário priberam.
Trata do sentido das nossas vidas nas vertentes física, emocional, social e ambiental, reflecte um profundo amor pelo conhecimento das causas e efeitos, apesar de limitado aos recursos existentes na altura, mas os efeitos que sucedem às causas, são independentes do quão profundamente as conseguimos estudar.
Mas tens toda a razão, a MTC não deve parar por aqui, e é o facto de defendermos isto que demonstra que acreditamos na MTC: porque sabemos que as provas científicas só vão apoiar o que a MTC defende. Eu não tenho medo da ciência, apenas não preciso que a ciência me diga se a acupunctura funciona ou não 🙂
Bjs e Ámen 🙂 lolololol
Obrigado Rita. Eu sabia que algum dia teria de te deixar orgulhosa lolololololol
O sentido da vida é encontrado por nós mesmos. Como os gregos pagãos eu gosto de o encontrar no conhecimento do mundo e na minha vida – na minha profissão, na família, nos amigos e até nos copos.
E não sou contra as pessoas encontrarem o sentido da vida na sua profissão, sou contra pegarem na MTC e tranformarem-na numa religião pessoal. Isso é diferente.:)
In nominé patri et filli et spirictum sanctum…. lololololol
PS: só espero que quem saiba latim não venha a este blogue. lololol:)
Isso era latim?? Pensava que tinhas espirrado 🙂
Pelo sim, pelo não, as melhoras lolololol
são as minhas alergias sazonais… resultado de um biofeedback energético comas energias negativas a incompatibilizarem-se comas energias brilhantes da alma e as vibrações cósmicas da aura. lololololololololol
Para um leigo pode-se dizer que tentei espirrar em latim……. 🙂
Bjs
Amigo Nuno,
A medicina ocidental trabalha com mecânica .
A Medicina Ocidental trabalha com eletricidade.
Neste sentido, sou “mecânico” formado há 25 anos, pela melhor escola de medicina veterinária do País, e a oitava melhor do mundo (da Universidade de São Paulo – USP). Por outro lado, desde 1999 me dedico à acupuntura veterinária. Ano passado comecei a estudar mais profundamente as teorias de eletricidade biológica (Medicina Chinesa).
Se prestarmos atenção, as antigas teorias chinesas batem exatamente com os novos conceitos de física quantica, como os spins. Tudo é formado por spins, tudo é energia se transformando em matéria (Yn) ou função (Yang).
Assim, considero-me hoje um mecânico biológico e um eletricista biológico em formação.
No meu ver, simplesmente mecânicos e eletricistas devem aprender a se respeitar… Eletricista não trabalha com mecânica, mecânicos não trabalham com eletricidade.
Eu mesmo, tive um mês de cama, com um grave problema de cisto pilonidal. Tive a excelente oportunidade de ver, em mim mesmo, as potencialidades de duas medicinas (ocidentel mais a oriental) se somarem para os mais excelentes resultados.
Nuno, não importa mais se somos diferentes por sermos portugueses ou brasileiros, brancos, mouros, orientais ou negros; não importa se somos cristãos ou mussumanos, o que REALMENTE importa é que somos humanos, ou, mais ainda , TERRAQUIOS.
Todos vivemos no planeta Terra. Se não aprendermso a nos respeitar e nos unir, simplesmente destruiremos a nossa casa, e todos faleceremos…
Concordo com seu texto: PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE 😉
Um graaande abraço desde o Brasil. Canal
Ola
Sou farmaceutica bioquimica,brasileira acho muito interessante o que escreveu e assino embaixo.
A importancia é o respeito entre os profissionais,onde ha troca provoca crescimento e a busca por conhecimento
abraços
Boas IV-canal. Parece-me que cometeu alguns erros de anÁlise lol. Vou tentar explicar o meu ponto de vista. Esceveu:
“Se prestarmos atenção, as antigas teorias chinesas batem exatamente com os novos conceitos de física quantica, como os spins. Tudo é formado por spins, tudo é energia se transformando em matéria (Yn) ou função (Yang).”
Não concordo que as antigas teorias chinesas batam bem com os novos conceitos de física quântica até porque são coisas muito diferentes. E não vejo como os spins possam provar isso. Que teorias chinesas refere? O Yin-Yang? Isso nada tem a ver com spins.
Por outro lado parte do princípio que tudo é enetrgia se transformando em matéria e função. Existem 3 erros:
1 – está a tentar ler a teoria yin-yan (matéria-função) separada da energia quando a teoria yin-yang se pode adequar a matéria-energia. Isto não significa que os chineses tivessem delineado estas teorias a pensar na física quântica obviamente.
2 – está a falar de física quântica mas usa exemplos da relatividade de Einstein – é o que dá a entender a tranformação da energia em matéria.
3 – que teorias existem que nos digam que a matéria se está a tranformar em energia e função? Que teorias físicas são essas?
Concordo consigo relativamente ao respeito que devemos ter. Mas também devemos tomar cuidado porque o respeito por áreas mais “new age” não significa “calar e consentir”. respeitar não significa aceitar. E respeitar não significa permitir. lolol Mas isto já são outras considerações. É que infelizmente nestas áreas, e decerto também conhece exemplos, o charlatanismo é uma praga. Devemos respeitar o charlatanismo? lolol
abraço
Oi Nuno
Como a maior parte dos racionalistas, lanças muitas criticas mas tens uma visão fechada sobre o que criticas. Como é que te tornaste tão céptico e agnóstico? Ainda não te apercebeste que a medicina que praticas retira os seus conceitos fundamentais (yin, yang, qi, etc.) dos conhecimentos dos antigos filósofos e alquimistas taoistas, cujo sentido das suas vidas era o conhecimento das relações entre o homem, a natureza e o universo? Compreendes verdadeiramente o sentido da palavra “tradição”? Não vejo a MTC como uma via espiritual (muito pelo contrário) mas sei que a palavra “tradição” inclui os conceitos de alma e espírito, e também o conceito de religião, no entanto, não creio que a maior parte das pessoas o entendam. O sentido da palavra religião nada tem a ver com fé ou crença, mas com a capacidade de sistematizar as relações existentes entre diferentes elementos, com a capacidade de religar, criar relações. Foi por isso que os “primitivos” ou da “gente arcaica”, como lhes deves chamar, desenvolveram a necessidade religiosa: para compreenderem o sentido profundo de tudo o que participa no mundo e nos cosmos. Actualmente, a religião é sinónimo de adoração de um espírito inacessível à consciência humana, o que está em total contradição com o seu próprio conceito. Mas como disse o filósofo: “o monoteísmo é um ateísmo.» A moda das novas espiritualidades também não é uma alternativa “saudável” ao entendimento destes conceitos. Embora se considerem holisticos, para os defensores dessas teorias tudo apresenta-se demasiado simples e acessível. Espiritualidades de pacotilha!
Escreveste: «O cristianismo começou como seitas de escravos ignorantes que ridicularizavam o conhecimento e só aceitavam a sua fé.» Nem acertaste na verdade histórica ó Nuno! Muito pelo contrário. O cristianismo, nos seus primórdios, não foi nem uma seita nem uma religião emergente, e muito menos era formado por “escravos ignorantes que ridicularizavam o conhecimento”. Nessa altura formaram-se vários grupos independentes (os gnósticos) que tomavam a vida e a morte de Cristo como um exemplo, e através do pensamento, da intuição, da meditação, da iniciação, procuravam o conhecimento da verdade. Os gnósticos diziam que a salvação da alma não se fazia pela fé mas pelo conhecimento. Portanto, se olhassem para a religião actual ficariam de certo horrorizados. Se fores a ver bem, o que certos gnósticos escreveram é semelhante aos ensinamentos taoistas, ao que certos filósofos defendiam como é o caso de Platão, mas também encontrarás relações com os textos egípcios, celtas, hindus, com os textos alquímicos, etc. Houve um antropólogo romeno cujos trabalhos falam disso mesmo; a conclusão que ele retirou foi que apesar da disparidade espacial e temporal, diferentes civilizações chegaram a teorias e conceitos muito semelhantes. Não vês que existe uma forma de conhecimento que te é inteiramente estranha?
Em vez do teu positivismo cientifico porque não te interessas em descobrir o que significa e o que implica a palavra tradição na medicina tradicional chinesa?
Fica bem
Boas Rodrigo
Antes de tudo gostaria de te agradecer por este comentário. Apesar de não concordar com ele é um daqueles comentários que me faz pensar bem a resposta. Adoro este tipo de comentários pelo desafio que a resposta representa.
O texto fala sobre manipulação de termos da Medicina Chinesa. O texto fala sobre influências vitalistas ocidentais que acabaram por infectar a tradução dos termos chineses e afectaram a nossa capacidade de compreender a mesma. O texto fala de transformar a medicina chinesa num campo mais religioso que clinico. E tu falas em tradição?
Diz-me:
onde está a tradição de se designarem os padrões clinicos como síndromes energéticos?
Onde está a tradição de se descreverem os meridianos como campos bio-energéticos?
Onde está a tradição de se considerar que a medicina ocidental trata sintomas enquanto a medicina chinesa trata as energias do corpo?
Onde está a tradição de se dizer que é preciso regular as energias do paciente para depois fazer o tratamento? Já agora, a forma como usamos o termo “regular as energias” é semelhante aos princípios terapêuticos em MTC. Não existe nada de semelhante nos principios terapêuticos da MTC. Sejam os actuais ou os tradicionais.
Eu ataco determinados discursos por mutilarem os termos técnicos da MTC e tu atacas-me com o argumento da tradição? Será que isto tem lógica para ti?
E até que ponto te queres segurar ao teu conceito de tradição? Até ao tempo em que se usava a corda de enforcados como remédio medicinal? Até ao tempo onde existiam possessões de demónios que podiam ser tratadas com acupunctura?
Os conceitos chineses tem uma tradição e um significado cultural. Por isso mesmo devemos tentar compreende-los dessa forma. Em nenhuma forma eu disputo o que escreveste:
“Ainda não te apercebeste que a medicina que praticas retira os seus conceitos fundamentais (yin, yang, qi, etc.) dos conhecimentos dos antigos filósofos e alquimistas taoistas, cujo sentido das suas vidas era o conhecimento das relações entre o homem, a natureza e o universo?”
Já escrevi sobre isso mesmo em várias ocasiões. Desde tentar explicar o que significava Qi, a criticar discursos mais energéticos, a explicar as bases do diagnóstico chinês ou em textos sobre a arte da saúde e longevidade.
Sobre a religião escreverei outra resposta.
Até já lol
Continuando Rodrigo
Um dos problemas que tive em escrever este texto relacionava-se com o facto de não querer falar de religião nem transformar este blogue num espaço de discussão sobre religião. No entanto a minha análise acabou por passar pela religião. Relativamente ao que está exposto no texto:
Eu nunca afirmei que não existiam diversas correntes cristâs no inicio do Cristianismo.
Eu afirmei que era uma religião de escravos ignorantes que só consideravam correcto as suas crenças e o conhecimento do mundo natural, tipicamente pagão, como algo que não valia a pena conhecer.
Não vejo onde está a minha ignorância uma vez que esta é a verdade.
Como é que podes dizer que o cristianismo não era uma religião emergente? Espero que te apercebas que esta afirmação é um paradoxo.
O Cristianismo só conseguiu cativar intelectuais alguns séculos após o seu aparecimento, porque até lá os intelectuais tinham grande aversão ao Cristianismo (eram todos pagãos). As opiniões de Suetónio e Celso são disso um grande exemplo. E sim, os crentes eram feitos, inicialmente, de escravos e eram profundamente ignorantes. A grande maioria não sabia ler nem escrever. Muitos menos entenderem os seus textos religiosos que tinham de ser explicados por quem os soubesse ler.
E sim, existiam movimentos gnósticos, que se pensa terem recebido influência de pensamento oriental. Em que é que isso nega o que escrevi?
Também não compreendo como isto é uma forma de conhecimento que me é inteiramente estranha (existem imensas coisas que não sei se é isso que falas) nem vejo como isto tem a ver com a tradição da Medicina Chinesa.
Abraço
Visão Ocidental e Oriental da patologia e realidade
A visão ocidental e oriental da patologia não é apenas diferente no sentido de terem lógicas causais diferenciadas, mas e mais importante descrevem a sua causalidade em dimensões distintas mas intrinsecamente ligadas, da mesma forma que toda a química da matéria é indiferenciavel das suas cargas eléctricas e campos magnéticos para justificar toda a sua fenomenologia.
A visão oriental da patologia é sustentada no facto de a todos os corpos estar associada uma carga energética (electrica-magnetica) num sentido estrito, que lhe dá a organização estrutural e sustem a entropia impedindo assim a desagregação do corpo, procedendo a patologia da perturbação do fluxo enérgico que sustenta a sua organização possibilitando assim o desencadear da entropia e do processo patológico.
As duas visões neste sentido complementam-se, pois a medicina descreve meticulosamente e intervém na estrutura mensurável da matéria, mas falha na contemplação das forças envolvidas na dinâmica que se sobrepoe aos movimentos da mesma, tornando-se assim pouco preventiva e muito sintomática.
A lógica ocidental fecha os olhos a causa primeira ao negar as evidencias quanto á estrutura da realidade, onde o que de facto forma o tecido do mundo onde vivemos são forças invisíveis onde o electro magnetismo desempenha um papel fundamental, mas não limita so por si todas as dimensões e espectros possives da energia, mas demonstra sim a limitação da nossa tecnologia actual para a detecção de todas as forças envolvidas na construção do universo, a esta conclusão chegou a física recentemente ao calcular a matéria e energia necessárias ao universo para o tornar coerente, concluindo assim existir a necessidade da existência de dimensões da matéria e energia ainda por contemplar.
A nossa percepção da realidade resulta de um processo de evolução de milhões de anos onde a interacção entre os nossos órgãos dos sentidos a sua sensibilidade e o mundo envolvente produzio uma selecção natural dos aspectos da realidade a detectar primordialmente, bem como a forma relevante para nós de representação dos mesmos no nosso cérebro, assim teremos que levar em consideração que a realidade a que temos acesso resulta de um processo de selecção natural com o preposito de produzir o maior índice de sobrevivência dos individo-os, criando assim uma imagem apenas com esse mesmo preposito de assegurar a sobrevivencia, podendo não contemplar todos os aspectos da realidade ou mesmo distorcendo-a.
Procurei salientar este aspecto, pois a ciência pós a nu precisamente este facto quando revelou que a estrutura da matéria é essencialmente espaço vazio onde os núcleos e electrões propriamente ditos ocupam apenas uma fracção muito diminuta da área estrutural da matéria, restando entre as partículas incomensoravelmente mais espaço “vazio” que propriamente aquilo que nos tomamos como sendo matéria. Esta afirmação produz uma serie de questões deveras interessantes, pois ao observarmos a realidade no nosso dia-dia constatamos que os nossos sentidos nos proporcionam a observação de uma realidade onde a continuidade é uma constante.. quando observamos uma mesa , uma cadeira, uma parede, etc, não vemos um conjunto de pontos ligados por espaço vazio ou a mesa se torna invisível… mas se pensarmos um pouco verificamos que a imagem que nos é dada não se torna lógica pela nossa forma de pensar actual, pois o para nós constitui o tecido da realidade é a matéria e o nosso mundo é estatisticamente maioritariamente constituído por espaço vazio ( campos electromagneticos e outros espectros energéticos ), logo o que de facto estamos a ver é o modelo da realidade que pode produzir efeitos mais evidentes e imediatos sabre nós resultante de um processo de selecção natural onde os campos electro-magnecticos-energéticos desempenham um papel fulcral na realidade e são indispensáveis para a sua compreensão.
Assim não posso deixar de constatar o quanto se torna ilógico neglegenciar a dimensão energética da realidade independentemente se se tratar do aspecto micro ou macroscopico da mesma, pois os nossos orgãos sensitivos e cérebros procedem desta forma com o intuito pragmático de nos transmitir a imagem mais capaz produzir um mundo onde a realidade envolvente é passível de ser manipulável, resultando essa realidade de uma construção sobre os campos energéticos em vez das partículas materiais propriamente ditas. Assim o que nos tomamos como matéria na realidade não passa essencialmente de energia.age
Boa tarde Victor
Vou usar citações do seu comentário para depois lhes responder. Você escreveu:
“A visão oriental da patologia é sustentada no facto de a todos os corpos estar associada uma carga energética (electrica-magnetica) num sentido estrito, que lhe dá a organização estrutural e sustem a entropia impedindo assim a desagregação do corpo, procedendo a patologia da perturbação do fluxo enérgico que sustenta a sua organização possibilitando assim o desencadear da entropia e do processo patológico.”
Gostava que me indicasse fontes de história da medicina ou clássicos de medicina chinesa que defendam esta ideia. Efectivamente ela não tem o minimo de sustentação histórica. Não existem clássicos de MTC a falarem sobre energias eletro-magnéticas e seria bastante difícil para os chineses defenderem isso sem a noção do que é o eletromagnetismo. Esta sua ideia é totalmente inventada sem o minimo de sustentação. Mas deixo o desafio de mostrar bibliografia onde possa sustentar essas afirmações (por bibliografia peço artigos históricos publicados em universidades chinesas ou revistas da especialidade, estudos de sinologia, história da MTC, etc…)
“As duas visões neste sentido complementam-se, pois a medicina descreve meticulosamente e intervém na estrutura mensurável da matéria, mas falha na contemplação das forças envolvidas na dinâmica que se sobrepoe aos movimentos da mesma, tornando-se assim pouco preventiva e muito sintomática.”
No meu entender esta frase não tem sentido. Na realidade nenhuma parte dos eu comentário faz sentido. Você procura manipular termos científicos num discurso pós-modernista aplicado às ideologias new age. Mas para começar poderia ajudar-nos a compreender a razão de ser mais sintomática uma vez que não intervêm nessas forças…..
Para os leitores que queiram compreender este ponto de vista podem ler os meus artigos:
http://acuforma.com/os-outros-tratam-sintomas-nos-tratamos-as-causas/
http://acuforma.com/e-sintomatico-parte-ii/
http://acuforma.com/e-sintomatico-parte-iii/
“A lógica ocidental fecha os olhos a causa primeira ao negar as evidencias quanto á estrutura da realidade, onde o que de facto forma o tecido do mundo onde vivemos são forças invisíveis onde o electro magnetismo desempenha um papel fundamental, mas não limita so por si todas as dimensões e espectros possives da energia, mas demonstra sim a limitação da nossa tecnologia actual para a detecção de todas as forças envolvidas na construção do universo, a esta conclusão chegou a física recentemente ao calcular a matéria e energia necessárias ao universo para o tornar coerente, concluindo assim existir a necessidade da existência de dimensões da matéria e energia ainda por contemplar.”
É falta de honestidade intelectual usar o argumento da física para sustentar a existência de energias em medicina que não são detectadas. Você está a tentar a usar a nossa ignorância para estabelecer uma verdade. Se quiser sustentar a existência de energias que não conhecemos e influenciam a nossa saúde então tem de provar que essas energias existem, o que são e como influenciam a nossa saúde. Mas isso você não consegue fazer pois não?
Por outro lado não sei se notou mas o seu comentário está cheio de paradoxos: primeiro é a energia eletromagnética e depois já são espectros que não conhecemos. Em que é que nos ficamos? Se são espectros que não conhecemos como sabemos que são energias eletromagnéticas? podem ser corpusculares?
Por outro lado afirma que a lógica ocidental fecha os olhos a forças invisiveis que formam a nossa realidade como o eletromagnetismo? Mas não foram os ocidentais os primeiros a descrever o eletromagnetismo? Não está ele bem aceite na cultura cientifica? Faraday e Cº não faziam pizzas!… E que tal falarmos de outras forças como a força nuclear fraca a força nuclear forte ou a gravidade? O seu comentário demonstra total falta de conhecimentos cientificos da mesma forma que mostrou até ao momento toal ausência de conhecimentos da história ou pensamento da MTC.
Ainda termina com:
“Assim não posso deixar de constatar o quanto se torna ilógico neglegenciar a dimensão energética da realidade independentemente se se tratar do aspecto micro ou macroscopico da mesma, pois os nossos orgãos sensitivos e cérebros procedem desta forma com o intuito pragmático de nos transmitir a imagem mais capaz produzir um mundo onde a realidade envolvente é passível de ser manipulável, resultando essa realidade de uma construção sobre os campos energéticos em vez das partículas materiais propriamente ditas. Assim o que nos tomamos como matéria na realidade não passa essencialmente de energia”
Ninguêm negligencia o aspeto energético da nossa realidade. O uso de energias alternativas são importantes, estuda-se a energia envolvida em processos celulares, energia nuclear… até existem equações físicas para descrever a energia cinética e potencial… imagine-se…
Isto não significa aceitar discursos sem fundamento baseados na manipulações de termos científicos onde campos eletromagnéticos e outros espectros se misturam com campos energéticos onde a energia não é mais do que uma forma de éter divino que ninguêm consegue medir ou compreender… mas depois já é energia eletromagnética.
Os seus discursos pós-modernistas baseiam-se em manipulações grotescas de termos cientificos e a sua análise histórica é simplesmente escrita criativa.
E um pequeno aparte sobre toda a matéria ser energia: na realidade o que a física diz é que a matéria e a energia formam um complexo. Ou seja a matéria é energia e na energia está a matéria. Mas presumo que o nosso discurso seja mais atraente quando fugimos de um materialismo supérfluo… pelo menos no discurso.
abraço
Estes tópicos estão bastante interessantes!
Aqui tento sempre dar a minha opinião e transmitir que é a minha opinião e que não tem que ser a verdade de outros.
Para mim MTC como qualquer outra coisa na vida deve ser encarada com senso comum e muita ponderação. Depois de estudar os vários ramos da MTC – teoria, diagnóstico, tuina, chikung, farmacopeia, dietética, tai chi, feng shui,etc, a primeira coisa que percebi é que nunca iria deixar de estudar MTC, e que para perceber bem MTC teria que perceber em que contexto ela “nasceu” e porquê.
A Medicina é igual, tem um contexto tem um porquê.
Digo-te com certeza que não sei todos os pulsos em MTC e nunca “senti ” todos (para mim a parte mais complicada da inspecção!) e a Farmacopeia é igual !
Todos os dias sei que irei melhorar e procuro perceber cada vez mais a MTC, mas sei que sempre haverá opiniões diferentes da minha, por vários motivos (escolas diferentes, etc,) como na própria China tens opiniões diferentes em relação a uma série de teorias.
Espero é que ninguém se sinta frustrado ou chateado por termos ideias diferentes 🙂
Apenas tenho um pedido para fazer a todos os profissionais de todas as áreas podemos pensar de diferentes maneiras mas o que importa é que todos queremos o melhor para os nossos pacientes!
E ter a humildade para reconhecer que nem sempre temos razão 🙂
Abraço
Soraia
Boas Soraia
Não posso concordar mais contigo. lolol
Mas uma coisa que acho extremamente importante é ter ideias que, apesar de diferentes, possam ser devidamente sustentadas.
Caso contrário não é possível discutir ou evoluir a partir de outras ideias.
abraço
Bom dia Nuno
nuno eu nei vo me dar ao trabalho de rebater a sua agumentação,… pois qualquer pessoa ligada á area q leia o texto percebe minimamente o q quer dizer, e espero sinceramente q seja apenas desanestidade intelectual da sua parte, e n incapacidade.
Nuno mas eu percebo mt bem a sua logica…
A sua capa de suposto cepticismo defacto é uma estrategia de mercado excelente, desta forma cria uma aura de credibilidade e aumenta o seu mercado… mas subverter uma filosofia antiquicima e minimisar a sua logica, sendo q é com ela que ganha o seu pão… so posso dizer q é no minimo pequeno..,.
mas é completamente incongruente… e passo explicar.
Como é q o nuno justifica honestamente para si mesmo, os diagnosticos q faz todos os dias??
Fazio de rim??
vento do figado??
vazio de yang do baço??
vazio de qi?????
vazio de sangue??
eu temo gravemente pela sua saude mental, pois pode desenvolver um grave caso de dupla personalidade…
como justifica cientificamente pois eu acredito q utilize estes criterios na sua pratica clinica…
q relação tem os olhos com o figado?
o cabelo com os pulmões?
o ouvido com os rim?? epá isto cientificamente é capaz de ser dificil… n sei digo eu,
como é uma lingua com marcas de dentes tem relação com o baço??? ou n desculpe com o tai in do pé?? zou tai inn n deve existir é verdade é so energia e n é electronagnetismo então n existe.:
eu espero q o nuno n tenha maus figados.. lol
espero q n cometa insanidade de dizer aos seus pacientes q esta a tratar um vento humidade, humidades-mucusidades,
mas aconselho sinceramente o nuno a praticar chi kung, pode ser q sentido, mude de opiniam… ou se calhar n precisa,, pois na realidade ate partilha desta visão mas opta por uma estrategia de mercado por criar esta aura de cepticismo..
gostava q me explica-se como aplica na sua pratica clinica estes criterios sendo querente consigo proprio, refutando a existencia de um sistema energetico humano como forma de justicar todo este conhecimento. exite sempre a hipotese de apenas tratar dor, ai tem a serotonina, a noraadrenalina, todos os neurotransmissores, os dermátomos, é uma opção.
Já vi que o Nuno é uma pessoa religiosa, a sua religião é o positivismo, tem fe na ciencia. pronto eu respeito isso.
mas olhe quem de estar actualizado, pois os seus sopremos sacerdotes, eram crentes noutras “fés”
Boa tarde Victor
Mais uma vez chamo a atenção para o facto de estar a falar de conceitos cujo significado claramente desconhece.
Vazio de yang ou qq outra coisa é terminologia técnica que expressa a presença ou relação de determinados sintomas.
É assim que eu justifico todos os dias os diagnósticos que faço: com os sintomas dos pacientes.
Isso não significa que não seja céptico em relação aos mesmos. Tamb´m não compreendo como o seu desconhecimento sobre o que significam os conceitos de MTC possam servir de prova para as suas fantasias energéticas.
Quando menciona a relação entre olhos e fígado temd e levar em linha de conta que nãos e está a falar do fígado como é entendido na medicina ocidental. Ainda recentemente publiquei um artigo que levantava a questão de se maiusculizar os termos chineses de forma a não criar essas confusões.
Você precisa de começar a aprender realmente o que significam os conceitos técnicos de MTC. Pelo menos se quiser ter capacidade de discutir com profissionais da área.
Os conceitos técnicos de MTC não tem nada a ver com os supostos “sistemas energéticos” que você tanto defende. Mas eu continuo a pedir provas que possam sustentar as suas afirmações eletromagnéticas (pode simplesmente indicar-me alguma clássico de MTC onde se encontre descrito o eletromagnetismo!) ou pode simplesmente responder que não se dá ao trabalho de responder e tem receio pelo meu estado mental.
Nuno pronto já q insiste, admito q n fui claro, mas na impossibilidade de n poder fazer um dezenho vo tentar explicar.:)
O electromagnetismo poderia-se caracterisar como uma forma de energia a luz da forma de pensar oriental, apesar de como é logico n aparecer nos tratados de mtc, alias salientei num sentido estrito, pois a abrangencia da noção energetica oriental é bastante maior.
Nuno e com a quantidade de diagnosticos ideopaticos na medicina convencional, mais todos aqueles resultantes na sua pratica clinica pela n adoção da teoria de circulação energetica por meridianos, pois sem este modelo trabalha apenas com grupos de sintomas q respondem a estimulos q fogem a sua compreensão apesar de eventualmente os ter mt bem decorados e sistematizados, com a taxa de socesso por nos conhecidas, n lhe parece que o sistema energetico humano possa defacto ser uma realidade por mt q isso lhe custe aceitar? nuno temos modelos de compreensao do mundo, q nos servem de guia para fazermos sentido da realidade q nos envolve, mas são meros modelos q vão evoluindo e refutando-se na sua evolução quando confrontados com a realidade, n te parece q na ausencia de outro modelo para o funcionamento da mtc, o modelo desenvolvido ao longo de milhares de anos por difentes culturas, com resultados como sabemos, n é presunção da tua parte menospresa-lo e n o levar em consideração??
Olha mas n quero me alongar, mt nas considerações cientificas,, mas vais ter admitir, ou então demonstra-me q estou errado.
actualmente, a estrutura da materia é definida com sendo maioritariamente energia
Energir/força = capacidade de produzir trabalho
a distancia entre as supostas particulas constituintes da materia é bastante maiorque o espaço ocupado pelas particulas propriamente ditas sendo q esse espaço é ocupado apenas por forças electromagneticas q n possuem forma crepuscular certo?
Mais como tu disseste e bem, dentro do nucleo temos a força nuclear forte e fraca, q por sua vez n possuem particula tb? certo?» e a carga energetica é tanta, q se produzio a bomba atomica com essas forças imaginesse, o ultima reduto da teoria crepuscular o q n lhe falta lá é energia, certo??? mais como sabes electroes são nuvens probalisticas acho q nunca ninguem vio um, ou estou errado? e já agora como sabes tb se comportão como ondas, certo??
Então temos, energia e mt dentro do nucleo, depois temos electromagnetismo entre nucleo e electrão, certo? o electrão ainda estão para descobrir se +é particula ou onda, certo? onda n tem particula pois n?
depois as distancias entre os atmos q compoem uma subtancia tb são maiores q a o tamanho dos atmos, então nuno estamos a falar d q????? sera energia???? epa n temos esplicação, pois n tem particula, é chato? é, mas é arealidade
“O electromagnetismo poderia-se caracterisar como uma forma de energia a luz da forma de pensar oriental, apesar de como é logico n aparecer nos tratados de mtc, alias salientei num sentido estrito, pois a abrangencia da noção energetica oriental é bastante maior.”
o eletromagnetismo não se pode caracteriuzar como uma forma de energia porque a energia é uma grandeza fisica que descreve a interacção entre 2 sistemas físicos e o eletromagnetisamo é uma força da natureza. São coisas diferentes.
E o eletromagnetismo só se pode considerar uma forma de energia na forma de pensar oriental, na sua forma de não pensar ocidental. Por isso é que não encontra nenhum clássico ou livro técnico de MTC com esse tipo de invenções.
Já agora pode indicar-me as fontes bibliográficas (de preferência de sinólogos e especilistas de MTC chineses, juntamente com referências a clássicos e história) onde foi buscar essa ideia da abragência energética oriental ser maior?
Ou vai ser como o eletromagnetismo que afinal de contas não vem em clássico nenhum mas mesmo assim você escreveu: “A visão oriental da patologia é sustentada no facto de a todos os corpos estar associada uma carga energética (electrica-magnetica) num sentido estrito,”
Também escreveu:
“n lhe parece que o sistema energetico humano possa defacto ser uma realidade por mt q isso lhe custe aceitar?”
Enquanto esse mesmo sistema energético não passar de manipulação de termos cientificos e termos próprios da cultura oriental, em discursos ocos onde os conceitos usados são claramente desconhecidos e em pura e simples ignorância devo dizer que a minha resposta é não.
Também não sei o que é que as suas dúvidas sobre física quântica tem a ver com MTC ou com os conceitos de doença em MTC que você tanto parece desconhecer.
E já agora o eletrão é partícula. Por isso mesmo tem massa 9,1093897 ×10-31 kg. A não ser que agora você ache que partículas com massa não são partículas. Isto não implica que em determinadas circunstâncias não tenha o comportamento de uma onda.
Victor mais uma vez chamo a sua atenção para manipulações sem sentido dos termos usados e para a sua total ignorância acerca dos mesmos. Especialmente no que concerne à cultura chinesa.
Classificação dos elétrons
O elétron é um tipo de partícula subatômica denominada lépton, acreditando-se que é uma das partículas fundamentais, isto é, que não pode ser dividida em constituintes menores.
A palavra “partícula” não é totalmente correta, porque a mecânica quântica nos indica que os elétrons, em determinadas condições, se comportam como uma onda, fato que ocorre na experiência de dupla fenda. Esta propriedade é denominada dualidade onda-corpúscolo
então??? em q ficamos nuno?? epa , veja la nos seus livros, parece q á aqui duvidas…
Nuno a sua logica mecanicista esta decrepita e ultrapaçada, e é triste ver alguem formado na area n saber isso,
“E já agora o eletrão é partícula. Por isso mesmo tem massa 9,1093897 ×10-31 kg. A não ser que agora você ache que partículas com massa não são partículas. Isto não implica que em determinadas circunstâncias não tenha o comportamento de uma onda.”
Já lhe respondi anteriormente. Mas a verdade é que este problema não tem nada a ver com medicina chinesa. Na realidade tudo o que escreveu sobre física quântica é uma completa perda de tempo na discussão sobre medicina chinesa porque uma coisa não tem nada a ver com outra.
É o problema em não saber de que tratam as diferentes áreas. Se abandonar as suas noções imaginadas de energia e começar a estudar as diferentes áreas vai ver que essas confusões desaparecem rapidamente.